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Com a chegada da NextGen TV (o padrão ATSC 3.0), hoje disponível para cerca de 76%

Pubblicato il 04/12/2025

Com a chegada da NextGen TV (o padrão ATSC 3.0), hoje disponível para cerca de 76%

São canais transmitidos pelo ar — como na TV tradicional — mas com uma diferença fundamental: graças à capacidade de dados e à integração IP do ATSC 3.0, esses canais podem funcionar como serviços realmente híbridos, combinando o broadcast clássico (OTA) com conteúdo on-demand, streaming, recursos interativos e mídia entregue pela Internet (OTT).

Na prática: a TV compatível com NextGen TV exibe um “canal virtual” no guia de programação (EPG); o espectador seleciona como se fosse um canal linear, mas o fluxo pode chegar — dependendo do conteúdo — via broadcast ou streaming IP, de forma totalmente contínua.

Um exemplo concreto: a Nebraska Public Media lançou em Omaha um canal virtual gratuito chamado BEST Channel, hospedado no sinal de outra emissora.
O canal oferece programação de TV, conteúdo de rádio, atrações locais, transmissões legislativas ao vivo, alertas de clima, VOD e até doações via QR code — tudo em um único guia.

Por que os canais virtuais representam uma mudança estratégica

 

🔹 1. Acesso unificado para o espectador
Os usuários não precisam mais alternar entre aplicativos: pela TV, usando o guia padrão, conseguem acessar tanto transmissões lineares quanto conteúdos on-demand ou híbridos. Isso reduz a barreira de entrada e aumenta o engajamento.

🔹 2. Experiência integrada em todos os dispositivos NextGen
A plataforma que sustenta o canal virtual — como a RUN3TV — permite gerenciar conteúdo, publicidade, VOD e broadcast na mesma camada de aplicação. Assim, a experiência do usuário permanece consistente em todos os dispositivos compatíveis.

🔹 3. Monetização híbrida e flexível
Os broadcasters podem combinar modelos publicitários, transmissões ao vivo OTA e conteúdos OTT, aproveitando economias de escala e reduzindo custos em comparação com uma infraestrutura exclusivamente de streaming. Além disso, a adoção de um modelo “broadcast + IP” pode revitalizar conteúdos locais, programas de rádio, catálogos on-demand e iniciativas editoriais.

🔹 4. Experimentação e inovação mais simples
Com ferramentas em nuvem e plataformas modulares, fica muito mais fácil criar, testar e lançar novos canais virtuais. É possível adicionar recursos interativos, segmentação de anúncios, VOD, multilinguagem, personalização — mantendo a confiabilidade do sinal broadcast como base.

Com a convergência entre OTA + OTT, reduzem-se as barreiras de entrada e os custos operacionais.

 

Os broadcasters podem aproveitar a infraestrutura já existente (antena, transmissor) e integrá-la ao streaming.

Os usuários recebem a conveniência da TV tradicional junto com a flexibilidade do streaming.

É um modelo escalável, adaptável e relevante para mercados globais, não apenas para os Estados Unidos.

Segundo alguns especialistas, essa convergência é um passo fundamental rumo à “TV híbrida do futuro” — um sistema que não separa mais broadcast e internet, mas os combina para entregar conteúdo em qualquer lugar, em qualquer dispositivo, de forma eficiente e centrada no usuário.

O que isso significa para quem desenvolve plataformas ou oferece soluções OTT / FAST

Se você é um fornecedor de tecnologia, plataformas, distribuição de vídeo ou publicidade, o crescimento dos canais virtuais NextGen representa uma oportunidade concreta para:

desenvolver plataformas híbridas OTA + OTT;

criar soluções white-label para emissoras locais;

oferecer serviços integrados (broadcast, streaming, VOD, publicidade, billing);

alcançar públicos tradicionais e “cord-cutters” ao mesmo tempo;

experimentar modelos híbridos de monetização (ads + assinatura + doações + eventos).

Em um cenário de rápida evolução, quem souber combinar competências de broadcast com vídeo digital poderá se posicionar como líder da próxima geração da TV.

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